sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A... as músicas da minha vida

Me considero uma pessoa imensamente musical. Nada especializado em nada, apenas uma apreciadora de acordes e versos, arranjos e vocais. Acredito que muitas pessoas sejam assim, musicais... na verdade acho que, na época em que vivemos, imaginar o mundo sem músicas é algo que poucos conseguiriam... e de verdade, não acho que dê pra fazer...

Sempre passo horas ouvindo musicas, pesquisando letras, meditando sobre elas, e sobre o quanto elas influenciam a vida das pessoas, as tocam, as fazem sorrir ou chorar, e tantas outras sensações que podem surgir da sonoridade de apenas sete notas.

Hoje eu acordei de manhã - acordei não, me levantei, de uma noite muito mal dormida, cheia de pensamentos sobre a vida e a loucura que ela é, e fui direto buscar uma música do fundo do meu baú de memórias... escolhi pra primeira música do meu dia uma faixa muito bonitinha dos Paralamas do Sucesso, com um nome bem simples e simpático: Trac Trac. E enquanto ouvia as palavras cantadas muito sabiamente pelo super Hebert Viana, eu pensava: essa música mexe de verdade comigo... a melodia rock meio ska, a letra toda arranjada como se fosse mesmo um emaranhado de pensamentos brotando da cabeça de um insone imerso em suas misérias andando no sol da manhã... e ouvir essa música por várias vezes - rs, prática esta que eu faço quase que diariamente; escolho uma "vítima" e a coloco no 'repeat' pra ouvir, ler e entende-la de fato - me fez pensar nas várias outras músicas que mexem comigo a ponto de eu considerá-las as "músicas da minha vida".

São tantos sentimentos, tantas ocasiões, pessoas, épocas que tem remetente melódico que, ai, a lista é quase que infindável...

Lembro de quando eu era pequena, e creio que influenciada um pouco pela minha mãe, mas nem tanto assim - isso porque não me lembro da cultura de ouvir-se muitos discos cotidianamente na minha casa; ouviamos mais rádios FM, e os discos que tinhamos eram sempre utilizados nas reuniões familiares, naqueles bailinhos de família que todo mundo viveu ou conheceu de alguma forma -, e influenciada também pela mágica telinha - que já foi tema de posts aqui no blog, e fez parte gigante da minha vida desde pequena - conheci um pouco de MPB.
Tá, conheci muita coisa que todo mundo conhece, mas meus ouvidos também captaram uma musicalidade brasileira que quase ninguém conhece, ou se lembra... muitos amigos meus ficam impressionados que estão comigo e eu acabo lembrando de uma música veeelha, de algum cantor que nenhum deles conhece.
Lá pela adolescência, a coisa mudou um pouquinho - pouquinho também é figura de linguagem; comecei a conhecer - e a sentir - as músicas internacionais, de diferentes "tribos" e denominações. Passei pela música country, pelo rock estilo "Love metal", pelo pop, pelas baladas românticas, pela música italiana - ah, essa aí também tem influência familiar e televisiva -, voltando sempre pra MPB - pra aquela considerada de boa qualidade, e pra aquela considerada do "populacho" também... e fui formando meu gosto eclético pra música.
A tomada de gosto pelo cinema também influenciou meu ecletismo musical... a cada filme que eu via, mais e mais músicas entravam na minha cabeça e marcavam a presença fatal que as faz serem lembradas por mim até hoje.
Foi quando entrei na faculdade - e aqui me permitam fazer mais um parêntese em meio a esses muitos que venho abrindo aqui - que eu conheci - e aprendi muita coisa mais - sobre a música brasileira. Vendo as pessoas ouvirem músicas mega diferentes de formas tão diferentes - com um ouvido quase antropológico - acabei exercitando e criando um conjunto de "gostos" e "não gostos" extremamente heterogêneo.
Me mudando pra "cidade grande", também tive experiências sonoras que me agregaram muitas faixas...
E como considero essa questão da musicalidade algo sempre mutável, vou logo partir pra minha atual lista top 10 de "músicas da minha vida", já pedindo desculpas a tantas outras que ficarão de fora, por falha mental ou por falta de espaço mesmo... mas estão todas aqui, em algum lugar das caixas arquivo da memória, esperando pra serem escolhidas, lembradas, e ouvidas por várias vezes, em alguma outra manhã de uma jovem sem sono...

1ª - Trac Trac - Paralamas do Sucesso
2ª - Owner of a lonely heart - Yes
3ª - Stay - Oingo Boingo
4ª - Há tempos - Legião Urbana
5ª - I never gonna say i'm sorry - Ace of Base
6ª - Educação Sentimental - Kid Abelha
7ª - Material Girl - Madonna
8ª - Just Dance - Lady Gaga
9ª - Heads will Roll - Yeah Yeah Yes
10ª - Merrymaking At My Place - Calvin Harris

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os "Reality Shows" e a mágica da natureza humana

Não é segredo pra ninguém a minha fascinação pelo gênero televisivo. Eu definitivamente escolhi pra ser meu norte, em qualquer área que eu possa atuar, um tema muito, mas muito rico, e cheio de questões ainda por serem resolvidas. Mas minha aproximação à telinha não fica apenas no plano das teorias sociológicas, antropológicas, históricas e da comunicação que ela transmite e das pontes que estabelece com as outras mídias - pelas quais também desenvolvo um flerte quase que fatal, rs. Digo isso porque adoro ver televisão; não apenas como objeto de estudo e admiração, mas pra me distrair mesmo - é um dos meus mecanismos de "desligamento cerebral". Essa teoria particular pode fazer com que algumas pessoas me entendam como superficial, ou bobinha mesmo, mas é que quando se aprende toda a mecânica - explícita e pulverizada em pontos que olhos menos treinados não veem -, a coisa fica bem interessante e complexa, e o "deixar-se levar pelo roteiro" pode ser uma experiência bem relaxante.
Ditos esses pontos iniciais que mais uma vez vêm explicar "o porque "dos meus posts, hoje eu quero falar dos reality shows. Assunto comum? Pode ser. Mas o fato é que esse assunto tão comum instiga muita gente... e a mim também.
Ontem acompanhei com alguns amigos a estréia do reality show da Record, "A Fazenda", que está em sua terceira edição,  com um grupo de participantes extremamente heterogêneo, mas com alguma coisa em comum, como lembrava uma antiga propaganda de cigarros: 15 participantes, celebridades instantâneas ainda em busca de algum lugar ao sol, algumas um pouco fora do imaginário coletivo, algumas outras que optaram por suspenderem suas atividades profissionais por 3 meses em busca de projeção midiática e de um prêmio bem delicioso - 2 milhões de reais no final da jornada. A disputa já começou bem acirrada, com indícios de flertes entre participantes, troca de farpas e gafes durante a transmissão ao vivo. Nada de anormal, até aqui, para um programa que tem por objetivo confinar pessoas e testa-las, como um laboratório gigante, de uma experiência nacional, e de formato já bem conhecido de todos os brasileiros, sejam participantes ou espectadores. A tônica deste tipo de reality é a de que a audiência venha justamente por serem os confinados pessoas conhecidas daqueles que estão em seus sofás todas as noites.
Fazendo um leve exercício de memória e história, percebe-se que o formato escolhido pela emissora evangélica já foi proposto e trabalhado por uma outra, o SBT. O já findado "A Casa dos Artistas", apresentou pela primeira vez figuras públicas em convívio direto com outras, exercitando suas diferenças e suas capacidades. Aqueles meus leitores que também assistem televisão hão de se lembrar as trapalhadas vividas por dançarinas, lutadores e professoras de ginástica dentro de uma casa bonita, bem equipada, onde não havia nenhum real esforço para a obtenção dos recursos básicos de sobrevivência. Bastava estar ali e mostrar-se de fato como ser humano. O fato é que  a"Casa" foi um dos grandes sucessos da emissora de Silvio Santos.
Na Record, com a idéia de que as celebridades deveriam conhecer técnicas de trabalho em muito diferentes daquelas com as quais de identificam, acompanharemos dramas pessoais, romances , brigas, em meio a palha, leite saído da vaca e animais, além de alguns comportamentos nada surpreendentes - e também nada inéditos.
Na Bandeirantes, atualmente encontra-se no ar uma outra espécie de show, que consiste em enfiar uma dúzia de pessoas dentro de um onibus - micro apartamento, e viajar com eles  acompanhando todas as interações que podem - e as que não podem também -, existir entre pessoas anônimas.
Pioneira, a Rede Globo aposta a muito tempo no formato dos shows de realidade. Um dos primeiros programas nesta ótica foi "No Limite", no qual pessoas normais - algumas com habilidades mais aprimoradas que outras, e com uma série de limitações físicas e psicológicas, em váios graus, eram levadas a sobreviver em um ambiente cheio de adversidades climáticas, e sem o conforto das casas fechadas, maquiagem e agenda de estúdio comum, alimentando-se de sabores exóticos - e muitas vezes nojentos. Os limites reais eram testados de fato, por um prêmio que não chega nem perto dos valores oferecidos nos dias de hoje. Atualmente, esse formato que prioriza preparo físico e resistência mental é novamente empregado pela emissora de Roberto Marinho em "Hipertensão".
Mas a emissora líder no país tem entre as suas atrações, a uma década, um formato comprado de uma produtora internacional, que tornou-se sucesso de audiência, com um nome muito peculiar: o "Big Brother Brasil", estrelado por anônimos - e por alguns não tão anônimos assim -, é o que se pode chamar de referência em shows de realidade nacionais. As edições do programa global foram quase que em sua totalidade momentos de soberania da emissora, e tornaram-se uma verdadeira fábrica de famosos, com um nome popular que faz lembrança a uma realidade ficcional, trabalhada brilhantemente - tanto que chega a ser assutadora, por George Orwell na obra intitulada "1984", onde um país é governado e controlado pelo "Grande Irmão", que tudo sabe e tudo vê.

Trazendo de forma grosseira esse roteiro para nossos dias, o público destes shows de realidade acabam por assumir o papel desse "Grande Irmão", que conhece, opina, e determina quem é mais interessante e quem é descartável entre aqueles indivíduos escolhidos para a exibição pública. E se não estiver satisfeito com aquilo que é exibido todos os dias depois da novela, é só assinar uma transmissão integral e pronto: o laboratório pode servir a propósitos infinitos.
Uma das grandes questões que ficam disso tudo é exatamente a seguinte: após tantas edições e formatos diversos, a audiência destes programas continua a crescer. Porquê? Porque ao ser humano sempre interessa conhecer o âmago do outro; mesmo que este outro seja uma figura conhecida por "se montar pra balada", uma pessoa que conseguiu muitos seguidores no twitter, uma mocinha que soube aproveitar bem a projeção causada por um mini vestido ou um cara que quase ninguém lembra mais, soltando gritinhos frenéticos que fazem aqueles com quase trinta anos ou mais terem dejavus terríveis dos tempos de infância.
A paixão que surge com a exibição destes programas está exatamente nestes detalhes - de saber que o ator X, a cantora Y e muitos outros que só são vistos em revistas e outros tipos de programas vivem, comem, respiram, e sofrem como gente comum. Porque no fundo são gente comum? 
Não, nao são. São pessoas sim, mas sabem lidar com o oportunismo da vida de forma mais ágil que a maioria da população, que nunca vai chegar a aparecer em um reality, novela, revista de fofoca ou jogo de futebol. Pessoas que, devido ao sucesso desta tipo de programa, já sabem como falar e como agir diante de cameras, e compreendem o valor  de identificação que a venda de suas trajetórias pessoais pode ter na mente da população.
Estão ali, submetendo-se a olhares de milhares de pessoas, pondo-se a julgamento, mostrando suas fraquezas e forças, pelo motivo máximo de tornarem-se, ou manterem-se assunto? Pelo simples prazer de sair na rua e ser reconhecido por ser você mesmo, ou apenas pela oportunidade de fazer a vida financeira engrenar em apenas 3 meses???
As respostas para estas perguntas ficam no plano das conjecturas de uma espectadora estudiosa da magia da televisão...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Anos incríveis...

Sabe aquelas frases populares que são como lendas urbanas, coisas que todo mundo fala, que são muito comuns, clichés?? E de tão comuns você acaba achando que o o assunto ao qual se referem é superinflado, ou coisa do gênero???

Sempre ouvi dizer que que os anos da faculdade seriam os melhores anos da minha vida; confesso que pensava que este era um exemplo típico de matéria superestimada. Até entrar na faculdade. Escolhi como minha profissão um curso conhecido por ser frequentado por todo tipo de ser humano; e isso acabou sendo muito louco - muito cheio de diferenças, interessante, estressante... e por vezes até insano.
Quando comecei a faculdade, e me inteirei do mini curriculo das pessoas que se sentavam comigo todas as noites feito crianças babonas pra ouvir velhos fumantes - e meio bêbados as vezes - falarem sobre coisas que aconteceram num passado tão distante e tão próximo da gente, acabei percebendo que aquilo tudo poderia servir pra muita coisa. Pessoas de praticamente todo canto do país, com suas manias pessoais, regionalismos, preferências e gostos variados... se juntando pra ler livros de história medieval, aprendendo muito sobre a matéria e sobre o conhecimento do outro, sobre como desbravar barreiras internas - pode chamar de preconceito mesmo -, fazendo exercícios de paciência e tolerância - com os outros e com o sistema. Aí você descobre que pode sim - e muitas vezes precisa, rs - beber as segundas feiras.

É um período em que, na minha visão, como se a gente fosse pequenas crianças no pré primário loucas pra pegar um caderno e ficar fazendo rabiscos que não significam nada pra quem está fora daquele universo, se parece muito com a visão de um mergulho num portal, de um mundo paralelo - rs, a minha turma da faculdade costumava dizer que em algum lugar da estrada que levava ao interior do estado existia um portal, pelo qual alguns escolhidos passavam sem perceber, e aportavam naquela cidadezinha provinciana, tão pitoresca, e de lá só conseguiria sair depois de um período de no mínimo quatro anos; viagem? pode ser, se você está de fora. Pra quem viveu aquela confusão, faz todo sentido do mundo.

Reuniões se transformavam em baladinhas caseiras, almoços em jantas coletivas, jantares em ceias da madrugada, onde cada um comprava um ingrediente, e o resultado final era dividido igualmente entre todos os contribuintes - bem socialista. Não que a gente fosse, rs, mas essa era a forma justa que a gente encontrava.
Todos estigmatizados - sem precisar estar usando uma camiseta com o nome da faculdade -, encontrávamos identificação uns nos outros; e isso bastava. O círculo se fechava entre as pessoas com as quais convivíamos todos os dias, com quem a gente almoçava, jantava, estudava, ía no cinema pagando meia entrada a R$ 2,00, e tomava cerveja barata à base de moedas que sobravam da loja que fazia as cópias dos nossos textos. Atravessar a cidade de bicicleta pra ir no supermercado ou pra comer esfiha que lembrava o Habib's nunca foi tão divertido! A falta dos fast food era suprida com lanches cheios de ingredientes e escorrendo gordura comprados em barraquinhas que mais pareciam quartinhos de bagunça. Assim como ficar preso numa casa com mais 100 pessoas bebadas conversando em grupos e ouvindo bandas de garagem nunca fez tanto sucesso - sobre esse ponto posso dizer que passei meio ilesa - nunca fui muito com a cara de festas de república; mas não se pode negar que são um ambiente de socialização atraente, ainda mais quando se faz faculdade na Terra do Nunca.

Aí, vão passando os anos, e todos aqueles que eram simples inocentes, em meio a ataques de nervos - por conta de várias questões que não convém ficar rememorando nessa crônica, vão se tornando pessoas com experiências as mais loucas possíveis. E eis que chega o último ano, quando todo mundo já está calejado, e literalmente com o saco cheio. Não vêem a hora de terminar logo com aquela baboseira toda. E chega o dia da colação de grau. Um filme passa na cabeça, e inevitavelmente você se pergunta: e agora?
Alguns tem a sorte de já ter um rumo certo; outros ainda ficam vagando, gravitando em torno da vida que levaram por quatro anos seguidos - o que pra mim pode significar uma variação do que chamam de síndrome de Peter Pan. O fato é que, depois da faculdade, há uma necessidade de se crescer.

E depois de alguns anos, trabalhando na área ou em outra coisa, muitas vezes ainda batendo cabeça em outros cursos e na vida, o que sobra são só lembranças de toda a bagunça que se viveu quando se deciciu por atravessar aquele portal; noites de sono mal dormidas por motivos obviamente etílicos, amorosos ou por lazer, todo o aprendizado de como viver sozinho, ou com um monte de gente diferente; de como é difícil quebrar idéias pré fixadas na cabeça dos seus pais sobre o que fazem seus amigos, e na sua própria cabeça também... entender as razões da galera nem sempre é fácil...
Pra terminar, quatro anos depois daqueles quatro anos cheios de esperança, lições de vida e desilusões, com outra vida, outros amigos, outras coisas pra fazer, chego a conclusão de que aquela história que todo mundo me falava era de fato verdadeira. Aqueles anos foram sim, anos de ouro; foram sim, anos incríveis...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um vídeozinho pra distrair...

Eu que adoro cozinhar... hoje me deparei com esse filminho em stopmotion, estilo que eu também adoro, de uma receita bem diferente... adorei!


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Desconstruindo Amélia

Hoje é sexta feira. E eu, vinda de uma semana em que tive um acesso de me recolher... por recomendações do meu trânsito astrológico (confio mais nele do que em médicos, por sinal), acabei me retirando de muitas discussões, postagens e de um monte de blablablá internetês... até que  hoje no twitter vi uma mensagem de um grupo de pessoas que escrevem num site, com um post e essa música da Pitty: Desconstruindo Amélia. Nunca fui assim fã da Pitty, mas a letra da música me chamou a atenção, e me fez pensar em algumas coisas... Bem, antes de começar a crônica, que tá mais pra uma historinha, a garota vai postar a letra:

"Já é tarde, tudo está certo/Cada coisa posta em seu lugar
Filho dorme ela arruma o uniforme/Tudo pronto pra quando despertar
O ensejo a fez tão prendada/Ela foi educada pra cuidar e servir
De costume esquecia-se dela/Sempre a última a sair
Disfarça e segue em frente/Todo dia até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa/Assume o jogo/Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto/Já não quer ser o outro/Hoje ela é o também
A despeito de tanto mestrado/Ganha menos que o namorado/E não entende porque
Tem talento de equilibrista/Ela é muita se você quer saber
Hoje aos 30 é melhor que aos 18/Nem Balzac poderia prever
Depois do lar, do trabalho e dos filhos/Ainda vai pra nigth ferver
Disfarça e segue em frente/Todo dia até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa/Assume o jogo/Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto/Já não quer ser o outro/Hoje ela é o também
Disfarça e segue em frente/Todo dia até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar

Vira a mesa/Assume o jogo/Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto/Já não quer ser o outro/Hoje ela é o também"

Apresentada a letra, gostaria de desenvolver aqui um raciocínio que pode ser raso, mas tem o intuito de ir além do simples e puro feminismo... adoro os meninos, mas tem coisa que nem amando dá pra suportar!

Imaginem que o mundo mudou; que as pessoas são tratadas exatamente pelo que elas são, pela competência que têm; as diferenças entre sexo fazem agora parte de um passado memorial. Cada homem no planeta toma seu banho com seu próprio sabonete, shampoo e afins, sem pedir cueca ou toalha de banho pra ninguém depois que já está no chuveiro; Todo homem do planeta faz comida também, e quando acaba de comer, tira seu prato, copo e talheres da mesa - ou do lugar onde comeu. Todos os homens estão aptos a lavar a louça, as roupas e a limpar a casa sozinhos, sem precisar pedir ajuda de nenhuma mulher do lado. Todos os homens que são casados e têm filhos podem dar banho na cria a noite, dar papá, ver alição de casa e por na cama, com direito a historinha, em esquema de rodízio com aquela escolhida para ser a dama (não a dona). Todo homem pode encontrar qualquer objeto perdido por ele mesmo; e pode organizar a sua própria bagunça, e a bagunça alheia também; todo homem do planeta pode ser educado e não ser machista, e pode tratar mulheres com respeito, educação, carinho e dignidade (não só a mãe). Todo homem pode ser sincero com relação às suas intenções com as mulheres, não tendo obrigatoriedade de passar dados pessoais, como números de telefone, msn, e outras mídias sociais; pode ainda aceitar as reais intenções das mulheres com relação a eles, sem tacha-las de vadias ou loucas de pedra. Todo homem pode ficar doente e trabalhar concomitantemente, sem correr riscos de aleijamentos de qualquer espécie - é que tem homem que acha que que pode sofrer castração se se movimentar enquanto tá com alguma dor ou doença corriqueira...

Entre essas e outras mudanças, o mundo que eu narrei é imaginário, quase que de sonho mesmo... tem tantas outras coisas que poderiam ser diferentes! E esse mundo mudado é bem mais legal... e com bem menos problemas de relacionamentos - sejam eles quais forem.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Amizade é quase amor?

Amizade é um relacionamento estranho... muito estranho.

Começa daquele jeito oba-oba, manso, devagar, e a hora que a gente percebe já tá completamente apaixonado pela pessoa. Apaixonado sim, porque amizade não é um quase amor, amizade É uma forma de amor, e como todo amor, começa com a paixão.

Quando a gente conhece alguém, e tem aquelas conversas iniciais que são sempre saias justas, onde são feitas aquelas perguntas clichés, sobre coisas externas da vida da pessoa, entre copos de cerveja, entre livros ou mesmo entre duas ou três pessoas paradas em algum lugar...ou na pausa pro cigarro, na fila do caixa da balada, e fica com a impressão "ah, ele/ela é legal" ou mesmo "puta que pariu, não fui com a cara dele/dela". Daí, dessas palavras iniciais, é que vêm outros convites assim "Chama aquela sua amiga!" ou "O fulano é legal"... e assim a gente se apaixona; e aumenta o círculo.

Alguns de meus melhores amigos vieram de oportunidades de conversa que não teriam dado em nada pra muita gente, se não fosse eles quem são, e não fosse eu quem eu sou; as vezes quando a gente tá sozinho, como num trabalho novo, por exemplo, fica quieto, sem quase se movimentar, e as impressões que isso pode passar são as mais variadas. Isso é fato, já aconteceu com todo mundo.

Enfim, não importa muito como e quando a gente os conhece, a gente acaba as vezes, com o tempo, esquecendo até de onde veio tanta intimidade... o fato é que quando se tem amigos, e a intimidade é tão forte que vocês brigam quase toda hora - e quase na mesma hora já voltam a se falar, como se fossem irmãos de sangue, ou mesmo quando passa um tempo gigante que vocês, por qualquer aventura ou revés da vida, ficam sem se ver ou se falar, mas quando se veem, tudo volta - e é tão legal! Quando você tem aquele golpe de olhar com alguem e sente o que aquela pessoa tá sentindo, tá pensando até... essa transparência digna de quem se revela a outra pessoa por puro sentimento. Quando você leva aquele fora desgraçado, e fica horrivelmente jogado na cama ou na frente do sofá, comendo doce e choramingando a vida - digamos que posso me considerar uma expert nesse quesito, rs - sempre tem um queridinho pra te consolar, comer o doce com você, te contar uma piada, te chamar pra balada ou te dizer que você poderia ter sido mesmo um pé no saco.

É, a convivência é forte, chega a machucar as vezes... assim como a verdade. E amigo de verdade fala a verdade; não pra machucar - tá, podem existir alguns seres mais preocupados com o seu próprio umbigo,cabelo, roupa, e outra coisa qualquer, mas ainda assim, se não te ilude, acho que merece um pouco de crédito; mas também não precisa avacalhar, claro. amigo que é amigo, é aquele que te escuta, te apóia, SABE a hora em que deve falar as verdades que todo mundo precisa ouvir de vez em quando... mas também sabe cuidar da gente como ninguém, sabe curtir, enfim, sabe amar... pra mim, uma pessoa que conheço muita gente, mas tenho poucos amigos, esses relacionamentos são mais preciosos que qualquer outro que possa vir a ter... e todo dia acordo pensando nestas pessoas tão especiais, que não teriam motivo aparente nenhum pra terem se ligado a mim como aconteceu - e ainda pode acontecer, claro -, e me lembro que sentimento não tem explicação; não tem conceito; e também não tem rotulação. E logo desisto de entender o que nos ligaria, e passo a pensar em como é divertido estar com eles... assim a gente cultiva algo bom, e segue a vida...

terça-feira, 6 de julho de 2010

ONGs promovem abaixo assinado em prol dos animais

A primeira delegacia de proteção animal do estado de São Paulo surgiu em Campinas e agora é a vez da capital ter uma unidade policial especializada em fazer cumprir as leis existentes em favor dos animais. A iniciativa é do Clube dos Vira-latas e já conta com o apoio do deputado Celso Giglio que encaminhou um pedido oficial ao Governador. Até o dia 30/julho de 2010 a ONG espera registrar 50 mil assinaturas e entregar em mãos ao governador do estado de São Paulo em exercício Alberto Goldman, que está substituindo José Serra por conta da candidatura do mesmo à presidência da república. Acesse e assine: www.cao.com.br