sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sobre indignação.

Indignação.


Eita sentimentozinho ruim de sentir, meus sais. Por esses dias, tenho feito muitas análises sobre a minha vida, sobre as cosias que aconteceram comigo desde que eu comecei a me entender por gente grande, que se sustenta, que se cuida, que provém seu próprio meio de sobreviver. E esses pensamentos andam me fazendo pensar muito nessa palavra, que chega a ser feia, pelo tamanho, pela cor (tenho certeza de que ela é vermelha, sempre), pela terminação, pela sonoridade que tem o IN no começo dela...

É um sentimento ruim pra quem sente ele, mas não acho que ele esteja no time de sentimentos ruins de fato não... Indignar-se significa (só abrindo um parêntese aqui, que não consultei nenhum dicionário, por pura preguiça de pega-lo em cima do guarda roupa, e por achar que colocar a definição dele aqui neste post seria desnecessário... já que se tratam de reflexões sem pretensões maiores do que essa mesma); indignar-se, portanto, significa não estar conformado com alguma coisa. Acho muito bom que não sejamos seres conformados com a vida, e com o que nos acontece; acho que a indignação é o começo da mudança. 

A partir do momento em que nos declaramos (muitas vezes sem usar palavras como 'eu me declaro', por exemplo) indignados, é quando começamos a pensar, de fato, no que fazer para mudar a realidade que nos deixa neste estado de estresse gigante. É ruim ficar assim; ruim porque a gente fica com vontade de enforcar qualquer um que pisa no calo, ou mesmo quem não pisa as vezes também acaba levando... dá nó na garganta, coisa ruim no estomago, tira o sono, dá vontade de chorar, faz a gente segurar o maxilar involuntariamente, como se tivesse mordendo algo pra segurar...

Mas também faz bem justamente pelo mal que faz... a gente quer parar de se sentir assim!! E também não me entendam mal achando que eu to falando de vingança ou coisa parecida, falo de justiça, de coisas que a gente pode se meter a fazer pra mudar a nossa realidade... E é querendo mudar que a gente acaba mudando... tentando pelo menos resolver as coisas... e tentando fazer seres humanos safados se assumirem e pararem de brincar, e acabar com a felicidade da gente... 

É meus queridos leitores... (agora já passado um tempo to sabendo que tenho alguns leitores já, rs, mesmo sendo só gente que eu conheço os que se identificaram, né), posso dizer que hoje sou uma pessoa indignada; indignada com a política, com a sociedade, com as oportunidades (ou melhor, a falta delas), com a falta de atenção, com a capacidade que as pessoas tem de se destruirem e levarem outras junto com elas pro buraco, indignada com gente falsa, indignada com as posições que algumas pessoas assumem na vida, indignada com a atidude de alguns seres humanos...

Sou eu quem sente as coisas, e eu sei beeeem como elas caem em mim... indignada com a falta de comunicação que faz com que a gente não se entenda e fique mal com quem a gente ama... uma pessoa indignada, de mãos e pés um tanto atados neste momento, mas ainda assim uma pessoa indignada, tentando descobrir um jeito de cortar as cordas e sair correndo daqui...


2 comentários:

  1. PS: Antes que quaisquer pessoas pensem que estou falando de "X" ou "Y", declaro aqui que não estou me referindo a ninguém especificamente, e que não tenho nenhuma espécie de raiva de nenhuma das pessoas com quem eu convivi nos últimos tempos... muito pelo contrário; sinto pelas pessoas que me ajudaram a me tornar a pessoa que sou hoje muita admiração e muito, mas muito carinho...

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