quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010


Entrando nessa onda de análise de fim de ano, e nesse sem fim de "rememórias" que surge muito "clichémente" em todos os dezembros, eu vou também fazer uma retrospectiva 2010, tentando resgatar alguns fatos memoráveis dos quais fui testemunha, fiquei indignada, ou me chamaram atenção mesmo... em todos os aspectos e relacionados a todas as temáticas.

Que fique bem claro que esse ano foi "do caralho" (me perdoem os mais recatados pelo palavrão, mas não há outra forma de se referir a esses meses pesadíssimos que passaram). Mas mesmo no meio das tempestades, há coisas que devemos nos lembrar, e ter atenção, porque ainda podem trazer desdobramentos futuros.

Então, lá vai a minha visão sobre 2010, com a cronologia parando por aqui.

Começamos o ano com mais uma edição daquele famoso reallity show global, mexendo com a opinião pública juntando um monte de pessoas diferentes - no sentido mais diferente que esta palavra pode ter -, colocando-as "pra brigar" entre si, não só pelo dinheiro, mas por estilos, preferências e modos de vida; Aí vem carnaval, tudo para de novo... verãozão, e ninguém tá nem aí pra nada além de cerveja e tecnobrega.
Até que de repente uma organização muito doida de internautas se declara a favor de um cara de reputação e carater meio duvidosos, e ele ganhou uma bolada. Fim de jogo, e de diversão.

Aí o Brasil ganhou as eleições para ser sede das Olimpíadas e da Copa do Mundo de futebol, e por ter ganhado foi espalhado à boca pequena mundial que os comitês receberam "favores" - lê-se cocaína e prostitutas - pra aprovar o "PaTroPi' do Jorge Ben.

A Lady Gaga, pra terminar a causação de seus clipes e parcerias muito loucas e misturas de “peças erradas”, lançou “Alejandro”, que ninguém entende até hoje.

E vem Copa do Mundo na África do Sul, uma beleza... um show de gastos  desnecessários, apenas pra “mostrar que a África pode receber seus visitantes alá países de ‘primeiro mundo’”. E o Brasil, rs, que todo brasileiro topetudo por futebol achava que ia fazer por onde levar o nome de melhor seleção do mundo, passou vergonha. E o Dunga, meio culpado, meio bode expiatório, foi enxovalhado em praça pública.

No território nacional, médicos são denunciados por quererem sexo com suas pacientes, jogadores de futebol posam pra fotos empunhando armas, atores globais vão e voltam de clínicas de recuperação, e toda uma série de contendas que explodiria só nos meses seguintes na política, na sociedade e na vida de todo mundo estava se formando bem quietinha.

Fizeram um filme sobre a vida do Chico Xavier. Não ficou assim uma beleza de inteligível, mas emociona. Um dos diretores mais doidos que eu conheço fez uma refilmagem mais doida ainda de “Alice no País das Maravilhas”, misturando três histórias e fazendo a brilhante escalação do Johny Deep pro papel de chapeleiro – isso foi ótemo! Fizeram ainda um filme sobre a vida do Lula, “o filho do Brasil”, aquele que todo brasileiro queria ser. Muito bem, me abstenho de comentários, a não ser aquele de que eu acho um absurdo a indicação desse filme pro Oscar 2011 – afe.

Voltando pra cena nacional, o caldo iria começar a entornar pros lados da política-sociedade: vinha chegando o período eleitoral, democrático, lindo, de teoria vinda da era greco-romana, que muita gente confundiu com outra regrinha, muito engraçadinha, chamada “Lei do Pão e Circo”. Não existe outro nome pra chamar esses meses de propaganda eleitoral do que de circo: não por causa de algumas profissões de determinados candidatos – que fique claro que eu, democrata que pretendo ser sempre, admiro qualquer profissão, e também acho que qualquer pessoa, independente de sua trajetória, pode ter alguma coisa séria a dizer; desde que preparada. Vendo o horário eleitoral tinha horas que dava risada, ficava transtornada, e tinha até vontade de chorar... uma demonstração de brasilidade falida e, me desculpem a franqueza, muito mal instruída – pra não dizer burra mesmo – e oportunista – em todo o mau sentido que essa palavra tem.
A boa surpresa dessa eleição foi o fenômeno Marina Silva. O que vale ressaltar aqui é apenas o grande papel de 3º olho, 3ª opção, coluna do meio, saída de tangente, ou seja lá que nome for, que ela representou, e esperar que continue levantando ondas de um pouco de sobriedade no mundo político deste país. E depois de um segundo turno que mais pareceu uma luta de boxe, o Brasil elegeu a primeira mulher presidente do país, cria do sindicalista, vermelha e carrancuda, mas até agora com uma atitude num misto de cautela e audácia. Pra esse assunto teremos que aguardar cenas dos próximos capítulos. Um dos estados mais importantes e influentes do país elegeu um deputado de cultura duvidosa e um governador que é o mesmo a nem sei quantos demorados anos... e dizem que em time que ta ganhando não se mexe, né?

Enquanto isso, times de futebol brigavam pra ver qual deles tava mais ruim no “Brasileirão”, um goleiro muito ardiloso e sua "trupe doideira" davam de comer a alguns cachorros num sítio e ex-policiais corriam atrás de ex-namoradas em represas do interior de São Paulo.

Fizeram outro filme. Terminando de contar a história daquele que algumas revistas chamaram de o “super-homem” brasileiro – agora com um esquema de segurança tão, mas tão reforçado que gerou uma polêmica enorme... de novo o Brasil discute, discute, e não chega a solução alguma. O fato é que o que todo mundo queria era ter uns pares de “Capitão Nascimento” espalhados por alguns lugares do país... a coisa ia ser bem diferente... até porque, qualquer coisas, se der medinho, é só pedir pra sair, e tudo certo.

Explodiram o Complexo do Alemão, quase que numa ação detetizadora de emergência, que não se sabe onde vai dar. Aqui também precisamos aguardar cenas dos próximos capítulos...

Um pouco antes disso, alguns atores de Hollywood se colocaram em saias justas gratuitas com os fãs brasileiros, fazendo declarações sobre macaquinhos e explosões seguidas de aplausos e assovios.

Programas de humor ditaram jargões populares e viraram "hit" aos domingos a noite, e nas segundas também. Programas mostrando o Brasil de uma forma simples, educativa, e bastante acadêmica apareceram q ganharam espaço nas semanas. Alguns outros programas, esses de ficção, tentaram responder altas questões da humanidade e mostrar aspectos da vida - na frente e atrás das cameras, páginas e telas. 

Fizeram um filme sobre o Facebook. Só tava faltando isso nesse mundo globalizado, interligado, conectado.

O Silvio Santos na bancarrota; a Hebe indo no Faustão.

E o presente de natal pros paulistanos, R$ 3,00 pra ir, e mais R$ 3,00 pra voltar de qualquer lugar, a partir dos primeiros dias de 2011.

Bem, pra encerrar, o jeito é concluir, depois dessa micro retrospectiva desse ano cheio de coisinhas – muitas delas ainda ficaram de fora aqui -, que esse 2010 não foi tão sucesso de bilheteria como deveria ser – ou pelo menos como esta espectadora da realidade que vos fala achava que seria.

Esperamos que 2011, ímpar, seja mais, e seja melhor.

sábado, 18 de dezembro de 2010

A roda viva

Esse fim de ano tem me feito pensar muito, mas muito mesmo... na vida, e nas formas que ela tem de ensinar as coisas pra gente, no jeito que o mundo gira, e a gente cai em cada buraco escuso, largado, frio, sem luz e sem energia, e logo depois, em outro giro voltamos a estar em uma posição mais tranquila, leve, com problemas e questões resolvidas e sem tormentos diversos que deixariam os tempos mais tenebrosos e feios...
Não que a vida esteja assim boooooa, rs - não, não está; mas está melhorando... o ciclo está se fechando, e as ligações humanas mais fortes e sinceras e puras estão salvando a vida de todos. 

Uma certa displicência até pode ser sentida entre o ato de conhecer pessoas, e se surpreender com elas para o bem. Falo pela minha experiência somente, mas imagino que muitas pessoas estejam passando por este mesmo ciclo, e por experiências parecidas, guardadas todas as diferenças na forma de lidar com estes momentos.
Enfim, o que fica de todas essas ocasiõesé a certeza de que o vida é vida demais pra ser só ruim, e é humana demais pra ser só bobagem. a vida gira de verdade, como musicalizou o mestre Chico, nos versos que eu coloco aqui agora, parafraseando-os como uma das minhas verdades de viver...


"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração..."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

É fim de ano...

É ano que vai embora, ano que entra, e as coisas nunca mudam... nas ruas as pessoas parecem que vão entrar em colapso se não conseguirem aquele pacote, ou aquela foto da árvore de natal imensa iluminada na rua. E por todos os lados, o que se tem é uma profusão de promoções e vantagens ao consumismo propício desta época. Muitas coisas em vermelho, verde, muito veludo - o que eu acho de muito mau gosto ao ser aplicado num país quentíssimo como o nosso, mas enfim... -, muitos ursos de pelúcia, pacotes e renas enormes... isso sem contar os papais noéis - ah estes são de todos os tipos, materiais e formatos.

Os supermercados com gôndolas cheias de panetonnes, frutas secas, bacalhau, perus e "chesters", que preenchem os carrinhos de quem pode pagar por essas guloseimas, e fazem brilhar os olhos daqueles que não podem... o que é o natal??? Essa frase é dita pela personagem magistral de Darlene Glória no filme "Feliz Natal". E não é que a pergunta faz a gente refletir???

Independente do que os meus leitores pensem sobre as festas do fim do ano, o importante é sempre refletir, e tentar ao máximo colocar as reflexões em prática.

Mas esse clima de fim de ano, apesar de diferente pra mim - este ano está imensamente sem nexo -, ainda assim me pus involuntariamente em uma encruzilhada de pensamentos sobre a vida e as coisas, tanto e com uma intensidade tão fora do comum que eu escrevi um texto pra mandar pra algumas pessoas que fizeram meu 2010 ter a cara que teve, com todos os percalços e coisas boas que teve.
O texto eu vou postar aqui, pra que todos aqueles que queiram se sentir mais aconchegados por esse espírito natalino, que se manifesta de maneiras diferentes em cada um de nós, consigam ao menos fazer uma pausa para colocar os pensamentos no lugar, e tentar ser mais felizes no ano que vem aí...


 
Mensagem de Fim de Ano


 
E eis que é chegado mais um fim de ano. E em como todos os outros passados, nos pegamos realizando balanços e exames de consciência para entrarmos no ano que vai começar mais leves, mais tranqüilos e mais dispostos. Nessa época é que pensamos em todas as situações que vivemos, nas pessoas que conhecemos, nos contratempos, desentendimentos e aborrecimentos a que fomos submetidos, algumas vezes não por nossa vontade, e outras vezes por nossa própria postura diante das pessoas e da vida.

E eu, não diferente de nenhum de nós seres humanos, me pus a pensar, neste dezembro, em todas as coisas que vivi, e que ainda poderei viver ao lado das pessoas novas que conheci em 2010 – pessoas que acabaram por fazer o bem e deixar sua marca nas minhas impressões pessoais de nossos momentos -, e daquelas pessoas a quem eu já conhecia – de diversas maneiras e ocasiões, e vindas de outras situações – e que me foram reapresentadas numa forma muito diversa daquela que por tempos pôde chamar-se minhas amizades.

E assim, com a cabeça cheia destes pensamentos, me veio à idéia um modo de dizer um alô a todos aqueles que desde que os conheço (e reconheço) são importantes pra mim, e para todos aqueles que passaram pelos meus dias de 2010 e deixaram alguma impressão interessante... E já aproveitar pra junto com esse alô deixar os desejos de que todos tenham



MOMENTOS FELIZES, PARA QUE POSSAM SEMPRE TER MOTIVOS PARA SORRIR DE NOVO;

MOMENTOS MAIS SÉRIOS, PARA QUE POSSAM LEMBRAR-SE DE QUE A VIDA DEVE SER VIVIDA COM PAZ, HONESTIDADE E RESPEITO;

MOMENTOS DE PAIXÃO, PARA QUE LEMBREM-SE DE QUE AS EMOÇÕES MAIS FORTES SÃO O VERDADEIRO COMBUSTÍVEL DE NOSSAS ALMAS;

MOMENTOS DE INDIGNAÇÃO TAMBÉM, PARA QUE TENHAM SEMPRE OS PÉS CONECTADOS ÀS MENTES, PARA QUE SONHOS E REALIDADE NÃO SE PERCAM UMA DA OUTRA;

QUE TENHAM MUITO AMOR;

QUE TENHAM MUITA PAZ;

QUE TENHAM MUITA FÉ: NA VIDA, EM SEUS “TACOS”, EM SUAS CRENÇAS, EM SEUS VALORES E SUAS CRENÇAS;

QUE TENHAM MUITO SUCESSO, NA VIDA E NA PROFISSÃO;

QUE RESPIREM BEM, QUE DURMAM BEM À NOITE, E QUE CONSIGAM ALCANÇAR SEUS OBJETIVOS POR SUA COMPETÊNCIA, RAZÃO E VALORES;

DESEJO AOS MEUS AMIGOS MUITA COISA: TODAS AS COISAS QUE ELES QUISEREM...

E DESEJO QUE EM 2011, SE ASSIM ESTIVER ESCRITO NOS LIVROS DE NOSSAS VIDAS, FOR POSSÍVEL QUE NOS ENCONTREMOS, QUE NOS CONFRATERNIZEMOS, QUE TRABALHEMOS JUNTOS, QUE NOS CONHEÇAMOS DE NOVO E NOVAMENTE, E QUE ACEITEMOS DIFERENÇAS E ERROS DO PASSADO, CONSIGAMOS FAZE-LO DE UMA FORMA MUITO MELHOR, E AINDA MAIS BONITA DO QUE EM 2010.



BOAS FESTAS, E UM ANO NOVO REPLETO DE SAÚDE, PAZ, AMOR, FÉ, SUCESSO E PROSPERIDADE.



Monise Cristina Berno

Dez/2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A... as músicas da minha vida

Me considero uma pessoa imensamente musical. Nada especializado em nada, apenas uma apreciadora de acordes e versos, arranjos e vocais. Acredito que muitas pessoas sejam assim, musicais... na verdade acho que, na época em que vivemos, imaginar o mundo sem músicas é algo que poucos conseguiriam... e de verdade, não acho que dê pra fazer...

Sempre passo horas ouvindo musicas, pesquisando letras, meditando sobre elas, e sobre o quanto elas influenciam a vida das pessoas, as tocam, as fazem sorrir ou chorar, e tantas outras sensações que podem surgir da sonoridade de apenas sete notas.

Hoje eu acordei de manhã - acordei não, me levantei, de uma noite muito mal dormida, cheia de pensamentos sobre a vida e a loucura que ela é, e fui direto buscar uma música do fundo do meu baú de memórias... escolhi pra primeira música do meu dia uma faixa muito bonitinha dos Paralamas do Sucesso, com um nome bem simples e simpático: Trac Trac. E enquanto ouvia as palavras cantadas muito sabiamente pelo super Hebert Viana, eu pensava: essa música mexe de verdade comigo... a melodia rock meio ska, a letra toda arranjada como se fosse mesmo um emaranhado de pensamentos brotando da cabeça de um insone imerso em suas misérias andando no sol da manhã... e ouvir essa música por várias vezes - rs, prática esta que eu faço quase que diariamente; escolho uma "vítima" e a coloco no 'repeat' pra ouvir, ler e entende-la de fato - me fez pensar nas várias outras músicas que mexem comigo a ponto de eu considerá-las as "músicas da minha vida".

São tantos sentimentos, tantas ocasiões, pessoas, épocas que tem remetente melódico que, ai, a lista é quase que infindável...

Lembro de quando eu era pequena, e creio que influenciada um pouco pela minha mãe, mas nem tanto assim - isso porque não me lembro da cultura de ouvir-se muitos discos cotidianamente na minha casa; ouviamos mais rádios FM, e os discos que tinhamos eram sempre utilizados nas reuniões familiares, naqueles bailinhos de família que todo mundo viveu ou conheceu de alguma forma -, e influenciada também pela mágica telinha - que já foi tema de posts aqui no blog, e fez parte gigante da minha vida desde pequena - conheci um pouco de MPB.
Tá, conheci muita coisa que todo mundo conhece, mas meus ouvidos também captaram uma musicalidade brasileira que quase ninguém conhece, ou se lembra... muitos amigos meus ficam impressionados que estão comigo e eu acabo lembrando de uma música veeelha, de algum cantor que nenhum deles conhece.
Lá pela adolescência, a coisa mudou um pouquinho - pouquinho também é figura de linguagem; comecei a conhecer - e a sentir - as músicas internacionais, de diferentes "tribos" e denominações. Passei pela música country, pelo rock estilo "Love metal", pelo pop, pelas baladas românticas, pela música italiana - ah, essa aí também tem influência familiar e televisiva -, voltando sempre pra MPB - pra aquela considerada de boa qualidade, e pra aquela considerada do "populacho" também... e fui formando meu gosto eclético pra música.
A tomada de gosto pelo cinema também influenciou meu ecletismo musical... a cada filme que eu via, mais e mais músicas entravam na minha cabeça e marcavam a presença fatal que as faz serem lembradas por mim até hoje.
Foi quando entrei na faculdade - e aqui me permitam fazer mais um parêntese em meio a esses muitos que venho abrindo aqui - que eu conheci - e aprendi muita coisa mais - sobre a música brasileira. Vendo as pessoas ouvirem músicas mega diferentes de formas tão diferentes - com um ouvido quase antropológico - acabei exercitando e criando um conjunto de "gostos" e "não gostos" extremamente heterogêneo.
Me mudando pra "cidade grande", também tive experiências sonoras que me agregaram muitas faixas...
E como considero essa questão da musicalidade algo sempre mutável, vou logo partir pra minha atual lista top 10 de "músicas da minha vida", já pedindo desculpas a tantas outras que ficarão de fora, por falha mental ou por falta de espaço mesmo... mas estão todas aqui, em algum lugar das caixas arquivo da memória, esperando pra serem escolhidas, lembradas, e ouvidas por várias vezes, em alguma outra manhã de uma jovem sem sono...

1ª - Trac Trac - Paralamas do Sucesso
2ª - Owner of a lonely heart - Yes
3ª - Stay - Oingo Boingo
4ª - Há tempos - Legião Urbana
5ª - I never gonna say i'm sorry - Ace of Base
6ª - Educação Sentimental - Kid Abelha
7ª - Material Girl - Madonna
8ª - Just Dance - Lady Gaga
9ª - Heads will Roll - Yeah Yeah Yes
10ª - Merrymaking At My Place - Calvin Harris

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os "Reality Shows" e a mágica da natureza humana

Não é segredo pra ninguém a minha fascinação pelo gênero televisivo. Eu definitivamente escolhi pra ser meu norte, em qualquer área que eu possa atuar, um tema muito, mas muito rico, e cheio de questões ainda por serem resolvidas. Mas minha aproximação à telinha não fica apenas no plano das teorias sociológicas, antropológicas, históricas e da comunicação que ela transmite e das pontes que estabelece com as outras mídias - pelas quais também desenvolvo um flerte quase que fatal, rs. Digo isso porque adoro ver televisão; não apenas como objeto de estudo e admiração, mas pra me distrair mesmo - é um dos meus mecanismos de "desligamento cerebral". Essa teoria particular pode fazer com que algumas pessoas me entendam como superficial, ou bobinha mesmo, mas é que quando se aprende toda a mecânica - explícita e pulverizada em pontos que olhos menos treinados não veem -, a coisa fica bem interessante e complexa, e o "deixar-se levar pelo roteiro" pode ser uma experiência bem relaxante.
Ditos esses pontos iniciais que mais uma vez vêm explicar "o porque "dos meus posts, hoje eu quero falar dos reality shows. Assunto comum? Pode ser. Mas o fato é que esse assunto tão comum instiga muita gente... e a mim também.
Ontem acompanhei com alguns amigos a estréia do reality show da Record, "A Fazenda", que está em sua terceira edição,  com um grupo de participantes extremamente heterogêneo, mas com alguma coisa em comum, como lembrava uma antiga propaganda de cigarros: 15 participantes, celebridades instantâneas ainda em busca de algum lugar ao sol, algumas um pouco fora do imaginário coletivo, algumas outras que optaram por suspenderem suas atividades profissionais por 3 meses em busca de projeção midiática e de um prêmio bem delicioso - 2 milhões de reais no final da jornada. A disputa já começou bem acirrada, com indícios de flertes entre participantes, troca de farpas e gafes durante a transmissão ao vivo. Nada de anormal, até aqui, para um programa que tem por objetivo confinar pessoas e testa-las, como um laboratório gigante, de uma experiência nacional, e de formato já bem conhecido de todos os brasileiros, sejam participantes ou espectadores. A tônica deste tipo de reality é a de que a audiência venha justamente por serem os confinados pessoas conhecidas daqueles que estão em seus sofás todas as noites.
Fazendo um leve exercício de memória e história, percebe-se que o formato escolhido pela emissora evangélica já foi proposto e trabalhado por uma outra, o SBT. O já findado "A Casa dos Artistas", apresentou pela primeira vez figuras públicas em convívio direto com outras, exercitando suas diferenças e suas capacidades. Aqueles meus leitores que também assistem televisão hão de se lembrar as trapalhadas vividas por dançarinas, lutadores e professoras de ginástica dentro de uma casa bonita, bem equipada, onde não havia nenhum real esforço para a obtenção dos recursos básicos de sobrevivência. Bastava estar ali e mostrar-se de fato como ser humano. O fato é que  a"Casa" foi um dos grandes sucessos da emissora de Silvio Santos.
Na Record, com a idéia de que as celebridades deveriam conhecer técnicas de trabalho em muito diferentes daquelas com as quais de identificam, acompanharemos dramas pessoais, romances , brigas, em meio a palha, leite saído da vaca e animais, além de alguns comportamentos nada surpreendentes - e também nada inéditos.
Na Bandeirantes, atualmente encontra-se no ar uma outra espécie de show, que consiste em enfiar uma dúzia de pessoas dentro de um onibus - micro apartamento, e viajar com eles  acompanhando todas as interações que podem - e as que não podem também -, existir entre pessoas anônimas.
Pioneira, a Rede Globo aposta a muito tempo no formato dos shows de realidade. Um dos primeiros programas nesta ótica foi "No Limite", no qual pessoas normais - algumas com habilidades mais aprimoradas que outras, e com uma série de limitações físicas e psicológicas, em váios graus, eram levadas a sobreviver em um ambiente cheio de adversidades climáticas, e sem o conforto das casas fechadas, maquiagem e agenda de estúdio comum, alimentando-se de sabores exóticos - e muitas vezes nojentos. Os limites reais eram testados de fato, por um prêmio que não chega nem perto dos valores oferecidos nos dias de hoje. Atualmente, esse formato que prioriza preparo físico e resistência mental é novamente empregado pela emissora de Roberto Marinho em "Hipertensão".
Mas a emissora líder no país tem entre as suas atrações, a uma década, um formato comprado de uma produtora internacional, que tornou-se sucesso de audiência, com um nome muito peculiar: o "Big Brother Brasil", estrelado por anônimos - e por alguns não tão anônimos assim -, é o que se pode chamar de referência em shows de realidade nacionais. As edições do programa global foram quase que em sua totalidade momentos de soberania da emissora, e tornaram-se uma verdadeira fábrica de famosos, com um nome popular que faz lembrança a uma realidade ficcional, trabalhada brilhantemente - tanto que chega a ser assutadora, por George Orwell na obra intitulada "1984", onde um país é governado e controlado pelo "Grande Irmão", que tudo sabe e tudo vê.

Trazendo de forma grosseira esse roteiro para nossos dias, o público destes shows de realidade acabam por assumir o papel desse "Grande Irmão", que conhece, opina, e determina quem é mais interessante e quem é descartável entre aqueles indivíduos escolhidos para a exibição pública. E se não estiver satisfeito com aquilo que é exibido todos os dias depois da novela, é só assinar uma transmissão integral e pronto: o laboratório pode servir a propósitos infinitos.
Uma das grandes questões que ficam disso tudo é exatamente a seguinte: após tantas edições e formatos diversos, a audiência destes programas continua a crescer. Porquê? Porque ao ser humano sempre interessa conhecer o âmago do outro; mesmo que este outro seja uma figura conhecida por "se montar pra balada", uma pessoa que conseguiu muitos seguidores no twitter, uma mocinha que soube aproveitar bem a projeção causada por um mini vestido ou um cara que quase ninguém lembra mais, soltando gritinhos frenéticos que fazem aqueles com quase trinta anos ou mais terem dejavus terríveis dos tempos de infância.
A paixão que surge com a exibição destes programas está exatamente nestes detalhes - de saber que o ator X, a cantora Y e muitos outros que só são vistos em revistas e outros tipos de programas vivem, comem, respiram, e sofrem como gente comum. Porque no fundo são gente comum? 
Não, nao são. São pessoas sim, mas sabem lidar com o oportunismo da vida de forma mais ágil que a maioria da população, que nunca vai chegar a aparecer em um reality, novela, revista de fofoca ou jogo de futebol. Pessoas que, devido ao sucesso desta tipo de programa, já sabem como falar e como agir diante de cameras, e compreendem o valor  de identificação que a venda de suas trajetórias pessoais pode ter na mente da população.
Estão ali, submetendo-se a olhares de milhares de pessoas, pondo-se a julgamento, mostrando suas fraquezas e forças, pelo motivo máximo de tornarem-se, ou manterem-se assunto? Pelo simples prazer de sair na rua e ser reconhecido por ser você mesmo, ou apenas pela oportunidade de fazer a vida financeira engrenar em apenas 3 meses???
As respostas para estas perguntas ficam no plano das conjecturas de uma espectadora estudiosa da magia da televisão...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Anos incríveis...

Sabe aquelas frases populares que são como lendas urbanas, coisas que todo mundo fala, que são muito comuns, clichés?? E de tão comuns você acaba achando que o o assunto ao qual se referem é superinflado, ou coisa do gênero???

Sempre ouvi dizer que que os anos da faculdade seriam os melhores anos da minha vida; confesso que pensava que este era um exemplo típico de matéria superestimada. Até entrar na faculdade. Escolhi como minha profissão um curso conhecido por ser frequentado por todo tipo de ser humano; e isso acabou sendo muito louco - muito cheio de diferenças, interessante, estressante... e por vezes até insano.
Quando comecei a faculdade, e me inteirei do mini curriculo das pessoas que se sentavam comigo todas as noites feito crianças babonas pra ouvir velhos fumantes - e meio bêbados as vezes - falarem sobre coisas que aconteceram num passado tão distante e tão próximo da gente, acabei percebendo que aquilo tudo poderia servir pra muita coisa. Pessoas de praticamente todo canto do país, com suas manias pessoais, regionalismos, preferências e gostos variados... se juntando pra ler livros de história medieval, aprendendo muito sobre a matéria e sobre o conhecimento do outro, sobre como desbravar barreiras internas - pode chamar de preconceito mesmo -, fazendo exercícios de paciência e tolerância - com os outros e com o sistema. Aí você descobre que pode sim - e muitas vezes precisa, rs - beber as segundas feiras.

É um período em que, na minha visão, como se a gente fosse pequenas crianças no pré primário loucas pra pegar um caderno e ficar fazendo rabiscos que não significam nada pra quem está fora daquele universo, se parece muito com a visão de um mergulho num portal, de um mundo paralelo - rs, a minha turma da faculdade costumava dizer que em algum lugar da estrada que levava ao interior do estado existia um portal, pelo qual alguns escolhidos passavam sem perceber, e aportavam naquela cidadezinha provinciana, tão pitoresca, e de lá só conseguiria sair depois de um período de no mínimo quatro anos; viagem? pode ser, se você está de fora. Pra quem viveu aquela confusão, faz todo sentido do mundo.

Reuniões se transformavam em baladinhas caseiras, almoços em jantas coletivas, jantares em ceias da madrugada, onde cada um comprava um ingrediente, e o resultado final era dividido igualmente entre todos os contribuintes - bem socialista. Não que a gente fosse, rs, mas essa era a forma justa que a gente encontrava.
Todos estigmatizados - sem precisar estar usando uma camiseta com o nome da faculdade -, encontrávamos identificação uns nos outros; e isso bastava. O círculo se fechava entre as pessoas com as quais convivíamos todos os dias, com quem a gente almoçava, jantava, estudava, ía no cinema pagando meia entrada a R$ 2,00, e tomava cerveja barata à base de moedas que sobravam da loja que fazia as cópias dos nossos textos. Atravessar a cidade de bicicleta pra ir no supermercado ou pra comer esfiha que lembrava o Habib's nunca foi tão divertido! A falta dos fast food era suprida com lanches cheios de ingredientes e escorrendo gordura comprados em barraquinhas que mais pareciam quartinhos de bagunça. Assim como ficar preso numa casa com mais 100 pessoas bebadas conversando em grupos e ouvindo bandas de garagem nunca fez tanto sucesso - sobre esse ponto posso dizer que passei meio ilesa - nunca fui muito com a cara de festas de república; mas não se pode negar que são um ambiente de socialização atraente, ainda mais quando se faz faculdade na Terra do Nunca.

Aí, vão passando os anos, e todos aqueles que eram simples inocentes, em meio a ataques de nervos - por conta de várias questões que não convém ficar rememorando nessa crônica, vão se tornando pessoas com experiências as mais loucas possíveis. E eis que chega o último ano, quando todo mundo já está calejado, e literalmente com o saco cheio. Não vêem a hora de terminar logo com aquela baboseira toda. E chega o dia da colação de grau. Um filme passa na cabeça, e inevitavelmente você se pergunta: e agora?
Alguns tem a sorte de já ter um rumo certo; outros ainda ficam vagando, gravitando em torno da vida que levaram por quatro anos seguidos - o que pra mim pode significar uma variação do que chamam de síndrome de Peter Pan. O fato é que, depois da faculdade, há uma necessidade de se crescer.

E depois de alguns anos, trabalhando na área ou em outra coisa, muitas vezes ainda batendo cabeça em outros cursos e na vida, o que sobra são só lembranças de toda a bagunça que se viveu quando se deciciu por atravessar aquele portal; noites de sono mal dormidas por motivos obviamente etílicos, amorosos ou por lazer, todo o aprendizado de como viver sozinho, ou com um monte de gente diferente; de como é difícil quebrar idéias pré fixadas na cabeça dos seus pais sobre o que fazem seus amigos, e na sua própria cabeça também... entender as razões da galera nem sempre é fácil...
Pra terminar, quatro anos depois daqueles quatro anos cheios de esperança, lições de vida e desilusões, com outra vida, outros amigos, outras coisas pra fazer, chego a conclusão de que aquela história que todo mundo me falava era de fato verdadeira. Aqueles anos foram sim, anos de ouro; foram sim, anos incríveis...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um vídeozinho pra distrair...

Eu que adoro cozinhar... hoje me deparei com esse filminho em stopmotion, estilo que eu também adoro, de uma receita bem diferente... adorei!


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Desconstruindo Amélia

Hoje é sexta feira. E eu, vinda de uma semana em que tive um acesso de me recolher... por recomendações do meu trânsito astrológico (confio mais nele do que em médicos, por sinal), acabei me retirando de muitas discussões, postagens e de um monte de blablablá internetês... até que  hoje no twitter vi uma mensagem de um grupo de pessoas que escrevem num site, com um post e essa música da Pitty: Desconstruindo Amélia. Nunca fui assim fã da Pitty, mas a letra da música me chamou a atenção, e me fez pensar em algumas coisas... Bem, antes de começar a crônica, que tá mais pra uma historinha, a garota vai postar a letra:

"Já é tarde, tudo está certo/Cada coisa posta em seu lugar
Filho dorme ela arruma o uniforme/Tudo pronto pra quando despertar
O ensejo a fez tão prendada/Ela foi educada pra cuidar e servir
De costume esquecia-se dela/Sempre a última a sair
Disfarça e segue em frente/Todo dia até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa/Assume o jogo/Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto/Já não quer ser o outro/Hoje ela é o também
A despeito de tanto mestrado/Ganha menos que o namorado/E não entende porque
Tem talento de equilibrista/Ela é muita se você quer saber
Hoje aos 30 é melhor que aos 18/Nem Balzac poderia prever
Depois do lar, do trabalho e dos filhos/Ainda vai pra nigth ferver
Disfarça e segue em frente/Todo dia até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa/Assume o jogo/Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto/Já não quer ser o outro/Hoje ela é o também
Disfarça e segue em frente/Todo dia até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar

Vira a mesa/Assume o jogo/Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto/Já não quer ser o outro/Hoje ela é o também"

Apresentada a letra, gostaria de desenvolver aqui um raciocínio que pode ser raso, mas tem o intuito de ir além do simples e puro feminismo... adoro os meninos, mas tem coisa que nem amando dá pra suportar!

Imaginem que o mundo mudou; que as pessoas são tratadas exatamente pelo que elas são, pela competência que têm; as diferenças entre sexo fazem agora parte de um passado memorial. Cada homem no planeta toma seu banho com seu próprio sabonete, shampoo e afins, sem pedir cueca ou toalha de banho pra ninguém depois que já está no chuveiro; Todo homem do planeta faz comida também, e quando acaba de comer, tira seu prato, copo e talheres da mesa - ou do lugar onde comeu. Todos os homens estão aptos a lavar a louça, as roupas e a limpar a casa sozinhos, sem precisar pedir ajuda de nenhuma mulher do lado. Todos os homens que são casados e têm filhos podem dar banho na cria a noite, dar papá, ver alição de casa e por na cama, com direito a historinha, em esquema de rodízio com aquela escolhida para ser a dama (não a dona). Todo homem pode encontrar qualquer objeto perdido por ele mesmo; e pode organizar a sua própria bagunça, e a bagunça alheia também; todo homem do planeta pode ser educado e não ser machista, e pode tratar mulheres com respeito, educação, carinho e dignidade (não só a mãe). Todo homem pode ser sincero com relação às suas intenções com as mulheres, não tendo obrigatoriedade de passar dados pessoais, como números de telefone, msn, e outras mídias sociais; pode ainda aceitar as reais intenções das mulheres com relação a eles, sem tacha-las de vadias ou loucas de pedra. Todo homem pode ficar doente e trabalhar concomitantemente, sem correr riscos de aleijamentos de qualquer espécie - é que tem homem que acha que que pode sofrer castração se se movimentar enquanto tá com alguma dor ou doença corriqueira...

Entre essas e outras mudanças, o mundo que eu narrei é imaginário, quase que de sonho mesmo... tem tantas outras coisas que poderiam ser diferentes! E esse mundo mudado é bem mais legal... e com bem menos problemas de relacionamentos - sejam eles quais forem.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Amizade é quase amor?

Amizade é um relacionamento estranho... muito estranho.

Começa daquele jeito oba-oba, manso, devagar, e a hora que a gente percebe já tá completamente apaixonado pela pessoa. Apaixonado sim, porque amizade não é um quase amor, amizade É uma forma de amor, e como todo amor, começa com a paixão.

Quando a gente conhece alguém, e tem aquelas conversas iniciais que são sempre saias justas, onde são feitas aquelas perguntas clichés, sobre coisas externas da vida da pessoa, entre copos de cerveja, entre livros ou mesmo entre duas ou três pessoas paradas em algum lugar...ou na pausa pro cigarro, na fila do caixa da balada, e fica com a impressão "ah, ele/ela é legal" ou mesmo "puta que pariu, não fui com a cara dele/dela". Daí, dessas palavras iniciais, é que vêm outros convites assim "Chama aquela sua amiga!" ou "O fulano é legal"... e assim a gente se apaixona; e aumenta o círculo.

Alguns de meus melhores amigos vieram de oportunidades de conversa que não teriam dado em nada pra muita gente, se não fosse eles quem são, e não fosse eu quem eu sou; as vezes quando a gente tá sozinho, como num trabalho novo, por exemplo, fica quieto, sem quase se movimentar, e as impressões que isso pode passar são as mais variadas. Isso é fato, já aconteceu com todo mundo.

Enfim, não importa muito como e quando a gente os conhece, a gente acaba as vezes, com o tempo, esquecendo até de onde veio tanta intimidade... o fato é que quando se tem amigos, e a intimidade é tão forte que vocês brigam quase toda hora - e quase na mesma hora já voltam a se falar, como se fossem irmãos de sangue, ou mesmo quando passa um tempo gigante que vocês, por qualquer aventura ou revés da vida, ficam sem se ver ou se falar, mas quando se veem, tudo volta - e é tão legal! Quando você tem aquele golpe de olhar com alguem e sente o que aquela pessoa tá sentindo, tá pensando até... essa transparência digna de quem se revela a outra pessoa por puro sentimento. Quando você leva aquele fora desgraçado, e fica horrivelmente jogado na cama ou na frente do sofá, comendo doce e choramingando a vida - digamos que posso me considerar uma expert nesse quesito, rs - sempre tem um queridinho pra te consolar, comer o doce com você, te contar uma piada, te chamar pra balada ou te dizer que você poderia ter sido mesmo um pé no saco.

É, a convivência é forte, chega a machucar as vezes... assim como a verdade. E amigo de verdade fala a verdade; não pra machucar - tá, podem existir alguns seres mais preocupados com o seu próprio umbigo,cabelo, roupa, e outra coisa qualquer, mas ainda assim, se não te ilude, acho que merece um pouco de crédito; mas também não precisa avacalhar, claro. amigo que é amigo, é aquele que te escuta, te apóia, SABE a hora em que deve falar as verdades que todo mundo precisa ouvir de vez em quando... mas também sabe cuidar da gente como ninguém, sabe curtir, enfim, sabe amar... pra mim, uma pessoa que conheço muita gente, mas tenho poucos amigos, esses relacionamentos são mais preciosos que qualquer outro que possa vir a ter... e todo dia acordo pensando nestas pessoas tão especiais, que não teriam motivo aparente nenhum pra terem se ligado a mim como aconteceu - e ainda pode acontecer, claro -, e me lembro que sentimento não tem explicação; não tem conceito; e também não tem rotulação. E logo desisto de entender o que nos ligaria, e passo a pensar em como é divertido estar com eles... assim a gente cultiva algo bom, e segue a vida...

terça-feira, 6 de julho de 2010

ONGs promovem abaixo assinado em prol dos animais

A primeira delegacia de proteção animal do estado de São Paulo surgiu em Campinas e agora é a vez da capital ter uma unidade policial especializada em fazer cumprir as leis existentes em favor dos animais. A iniciativa é do Clube dos Vira-latas e já conta com o apoio do deputado Celso Giglio que encaminhou um pedido oficial ao Governador. Até o dia 30/julho de 2010 a ONG espera registrar 50 mil assinaturas e entregar em mãos ao governador do estado de São Paulo em exercício Alberto Goldman, que está substituindo José Serra por conta da candidatura do mesmo à presidência da república. Acesse e assine: www.cao.com.br

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A magia de fazer aniversário

Hoje tenho uma reflexão cliché: aniversário. Cliché porque hoje, 25 de junho, é o meu aniversário.

A cada ano que a gente vive, são acrescentadas experiências, memórias, vivências cotidianas, boas ou ruins, amizades, inimizades, empregos novos, salários novos, viagens - aquelas feitas de corpo e alma, e aquelas apenas da alma -, desejos novos (a se juntarem com os antigos, claro, formando cada vez mais um bolo de coisas que a gente quer), pra alguns cor de cabelo nova, roupas novas, quilos novos (sejam pra mais ou pra menos na balança, hehehe)... enfim, um monte de coisa nova.

No dia do aniversário, parece que é temos uma comemoração de ano novo pessoal, solitária, que nos faz ficar diferentes... mais velhos, óbvio, mas tambe´m diferentes. Diferentes no sentido de... peraí: será que realmente mudamos assim? Será que um dia comum, em que a única coisa que acontece de diferente é que você nasceu, e com o passar dos anos ganha menos presentes, mas provavelmente ainda ganhe, um dia em que você recebe alguns telefonemas alegres, alguns abraços, muitos emails... eu mesma hoje acordei com uma mocinha muito alegre de um telemarketinhg me desejando feliz aniversário... mereço? Pois sim, é meu aniversário...

É um dia em que a gente não paga entrada em balada, ganha cerveja dos amigos, promove festa e o povo vai, é o dia em que a mãe faz aquela comida que você adora (rs, no meu caso vou comer o que tiver na mesa, nada de especial)... mas voltando desse devaneio para a pergunta que o gerou: será que um dia comum pode ter exatamente o poder de nos fazer mudar???

Acho que a resposta dessa pergunta é sim e não. Sim, porque acredito que possamos mudar a partir de eventos comuns sim, isso se chama amadurecer... e não, porque realmente, o dia do seu aniversário não tem poder mágico nenhum, e não se iludam: nada de muito extraordinário vai acontecer com você nesse dia... Além dos desejos de parabéns, felicidades, sucesso, grana, amor, paz, saúde e todos aqueles etcs tão gostosos de ouvir... e da esperança de que esse segundo ano novo que começa apenas pro aniversariante seja tão maravilhoso e melhor que aquele que acabou na noite passada...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mais uma participação num blog...

Dando continuidade à minha vida de internauta praticante, e à minha atual profissão de blogueira, rs, agora me juntei ao meu querido amigo Johny e a mais um "camarada" (expressão do Johny) pra escrever e postar coisas pra distrair... os posts deles são mais relacionados a games e animes, os meus, são relacionados a uma coisa que eu adoooooooro, e todo mundo sabe: cinema. Minha intenção é postar links pra download de filmes que eu já tenha visto, e fazer além da divulgação própria dos filmes, alguns comentários pessoais sobre eles... não sou assim uma entendida de cinema, o que sou é só alguem que curte ver filmes, e assiste todo e qualquer tipo deles...
Então, o blog chama Abóboras da vida (Abóbora é uma expressão que conheci com o Johny também, é uma marca registrada dele pra mim, rs, e significa coisa à toa, sem pretensão... e é esse mesmo o intuito do blog, falar de coisas sem pretensão, apenas pra divertir... os links estarão sempre lá, seja de qual tema for...

O endereço: http://www.aboborasdavida.blogspot.com/

Apareçam lá!!!!!

sábado, 19 de junho de 2010

Pra não esquecer da Lady Gaga...

Então né, eu achei a música muito mais muito cópia mesmo da carreira toda da Madonna, pra mim ela fez foi um mix, de Evita, Erótica, La Isla Bonita, e muitas outras "faces" da material girl... mas confesso que a música me viciou, e que todo dia eu ouço... Ainda não consegui entender o propósito dela chamar Alejandro, Fernando e Roberto pra briga, rs, mas é a Gaga, quem vai arriscar entendê-la???

http://www.youtube.com/watch?v=niqrrmev4mA

A vida no interior

Agora, depois da ausência por conta de contratempos, e de uma gripe FDP que me pegou esse semana, e depois ainda de um tempo me readaptando a rotina que tinha até maio de 2009, venho escrever um pequeno comentário sobre a vida no interior... 

Morar no interior é inegavelmente mais tranquilo. Mais tranquilo do ponto de vista do ar que se respira, de certos privilégios alimentares - como por exemplo comprar produtos naturais mais naturais que outros, comer algumas comidas que só são feitas no interior mesmo, rs, ou mesmo tomar duas mega bolas de sorvete artesanal por R$ 2,00... ir a quermesses de paróquia, ver danças de quadrilha em chão de terra, com direito a fogueira e tudo... tomar cerveja com os amigos a R$ 2,50 a garrafa... (e aqui to falando de Brahma ou Skol!!!), poder chegar a quase todo lugar que se vai em meia hora a pé... (isso é muito emblemático quando se trata de cidades grandes), conhecer muita gente (bem, conhecer muita gente pode ser bom e ruim; pois isso pode trazer problemas com gente "se metendo" na vida da gente... é, alguns diriam que isso também acontece nas cidades grandes, e concordo; mas não com a mesma frequência que acontece no interior), e é mais tranquilo do ponto de vista do sossego mesmo. Sossegado até demais, as vezes.
Por não se ter opções, acaba-se optando por não fazer nada, meio que compulsoriamente: ou se faz nada, ou se faz toda vez a mesma coisa. Aí pra ñao cair na rotina cliché, se opta por dormir dias inteiros, ou enterrar-se no sofá, com todo o prazer do mundo, com uma sacola de dvd's do lado e uma bacia de pipoca. Alguns ainda podem me lembrar daquela famosa teoria (que confesso não saber se é verdadeira ou uma gigantesca brincadeira de mau gosto, irônica, feita por um homem de grande perspicácia pra fazer os pobres mortais de inteligência média acharem que suas vidas podem ter algo de verdadeiramente sublime) do Umberto Eco, que fala justamente que "a sucessão de clichés leva ao sublime"; mas eu rebato dizendo que acredito piamente que nada de muito proveitoso pode vir da mesmice.
Ah, tem também o assombro/fascínio que o modo de vida metropolitano causa nas pessoas do interior. E como são fascinadas pelos programas de TV que retratam a vida nas cidades, como têm medo dos crimes mostrados nos telejornais sensacionalistas, como procuram referências de moda, comportamento e modernidade fora de seu "habitat natural" (estas últimas mais vistas nas pessoas mais jovens), recebendo os signos e remontando-os, conforme seus ideiais, e conforme seu aprendizado, criando uma espécie de realidade paralela que não é de forma alguma moderna como o sonhado, e muito menos interiorana de fato. E a partir disso a gente vai vendo coisas acontecerem, comportamentos se criarem e tornarem-se moda, e vai ficando também assombrado, rosa, bege, ocre, de cara... 
Com seus prós e contras, como exatamente tudo na vida, o "morar no interior" vai se configurando, como algo novo na vida das pessoas, algo que está sempre em modoficação, como o deselvolvimento econômico, político, e social. Tudo isso entre pessoas vindas de realidades diferentes desta, do exato "meio do mato" (sem preconceitos) ou do "centro do mundo" (sem preconceitos também!), todas com um certo medo de encarar rotinas mais ativas, ou com vontade de se atirar no meio das novidades e deixar-se engolir...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Coçando e achando bom...

Bem... tava ouvindo a Mitsubishi fm outro dia, e tocou essa música da Ana Cañas... artista que eu confesso não conhecer nem de longe, mas a letrinha me agradou... apesar de parecer depressiva, é bem humorada, de ritmo também... aí vasculhando os meus arquivos mentais, me lembrei dessa outra da bandinha CSS, que acaba, em termos de letra e melodia, indo na mesma linha. não estou comparando os artistas, por favor! mas é que tem dias que tudo o que a gene quer mesmo é ficar quieto, sem fazer nada, não levantar da cama nem atender o telefone... tudo o que falam nas duas letras. aí resolvi colocar elas aqui, pra quem não conhece conhecer... e a piada de historiador no título do post não podia ficar de fora... hehehehehe

 
Ana Cañas - Coçando

Sabe o que que a gente faz
Quando a gente não quer fazer nada?
Sabe o que que a gente faz
Quando a gente não quer fazer nada?

A gente bebe e fica louco
Fala mal dos outros
A gente vai para o trabalho
Pra jogar baralho
A gente liga para alguém
E pergunta como é que vai? Com quem?
A gente sonha o impossível
Ser um ser invisível

Silêncio enquanto penso
Barulho enquanto durmo
Eu vou é fazer nada
Pra esquecer o meu futuro

Silêncio enquanto penso
Barulho enquanto durmo
Eu vou é fazer nada
E assim mudar o rumo

Hoje eu não vou fazer nada
Hoje eu não vou fazer nada não
Hoje eu não vou fazer nada
Hoje eu não vou fazer nada não

Sabe o que que a gente faz
Quando a gente não quer fazer nada?
Sabe o que que a gente faz
Quando a gente não quer fazer nada?

A gente passa o dia inteiro
Sem sair da cama
Faz tudo que não dá dinheiro
Mas a gente nem reclama
A gente dá risada e depois fica sério
A gente fica sério e depois dá risada
Primeiro fica quieto e depois dá um berro
E tudo acontece é só não fazer nada

Silêncio enquanto penso
Barulho enquanto durmo
Eu vou é fazer nada
Pra esquecer o meu futuro

Silêncio enquanto penso
Barulho enquanto durmo
Eu vou é fazer nada
E assim mudar o rumo

Hoje eu não vou fazer nada
Hoje eu não vou fazer nada não
Hoje eu não vou fazer nada
Hoje eu não vou fazer nada não


***


CSS - Acho um pouco bom


Hoje eu não vou sair de casa
Hoje eu não vou pisar na rua
Hoje eu não vou trocar de roupa
Não vou sair de casa
Hoje eu não quero ver a rua
Hoje eu não quero confusao
Hoje eu não quero ver pessoas
Não vou sair de casa

Acho um pouco bom(4x)
Hoje eu vou ficar ouvindo musica
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui na minha
Eu vou ficar sozinha
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui dançando
Hoje eu vou ficar aqui dançando

Ah tá!
Acho um pouco bom (4x)
(trim !!)
Ah não vou entender
(trim !!)
Eu não vou atender
(trim !! trim !!)
Eu não quero atender!
(trim !!)

"O fracasso"

"O fracasso não significa que sou um fracassado; significa que eu não venci.
O fracasso não significa que não consegui nada; significa que aprendi alguma coisa.
O fracasso não significa que sou uma pessoa sem rumos; significa que tive fé suficiente para tentar.
O fracasso não significa que sou um sujeito sem sorte; significa que tive a coragem de tentar.
O fracasso não significa a ausência de métodos; significa que os tenho de uma maneira diferente.
O fracasso não significa que sou inferior; significa que não sou perfeito.
O fracasso não significa que desperdicei meu tempo; significa que tenho que recomeçar.
O fracasso não significa que devo dar-me por vencido; significa que devo agir com maior perseverança.
O fracasso não significa que nunca atingirei meus objetivos; significa que necessito corrigir as minhas rotas.
O fracasso não significa que Deus me abandonou; significa que Ele tem um projeto melhor pra mim..."

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E a copa do mundo começou!!

Hoje, 10 de junho de 2010, começou a copa do mundo da África do Sul... Minha veia historiadora que nuuuunca se cansa de pensar não poderia deixar passar isso em branco...

Acho muito significativa esta copa acontecer lá... e isso não é novidade pra ninguém. Todas as dificuldades que o povo deste país - assim como outros da África, do Oriente Médio, e da América, incluindo o Brasil - passou faz parte da história recente do mundo, e deve sim ser lembrada, por mais que machuque - a eles, e a gente.

Só ando vendo algumas notícias meio tristes... o preço das reformas nos estádios pra receber as seleções, absurdo; a iluminação daquele caldeirão que fizeram em Joanesburgo, que faz com que um enorme parte da cidade fique entregue à escuridão; o preço ASTRONÔMICO que a seleção brasileira cobrou pra jogar com Zimbábue e Tanzânia - prefiro nem comentar essa palhaçada.

Tudo muito lindo, muito bonito, muito poético (essa fala é da @ligiaaraki), mas eu quero saber o que é que a FIFA fez, ou fará (Sei bem que a FIFA não é a ONU, mas sendo o futebol um fator de união nacional, e gerando o $$$ que gera, daria pra ajudar a investir não é???), pra tentar dar uma melhorada na vida desse povo... meu medo é que a partir do mês que vem, quando todo mundo sair de lá... o país todo tenha a sensação econômica de que passou por um tornado, por uma tsunami, ou qualquer outro desastre natural... e esse é o mesmo medo que eu confesso ter pelo Brasil, em 2014...

Hoje na abertura, que vi transmitida pela Globo, vi muita gente feliz, fervendíssimas pulando ao som das músicas, fosse qual artista fosse... e vi também, desde que a primeira reportagem in loco foi transmitida pelas emissoras de TV brasileiras, gente feliz, correndo atrás de carros, repórteres e cinegrafistas... mas também vi gente indo buscar água pra toda e qualquer necessidade que tiver, gente sem energia elétrica, gente sem os luxos que ter ulguma grana proporciona, gente fazendo diferença entre gente por causa de raça, cor, e etcs, gente sem saneamento básico, sem saúde...

Acho que tudo o que vem à tona com essa copa do mundo num lugar tão necessitado... vamos esperar pra ver os resultados políticos, econômicos e sociais disso tudo... fora ver se o Brasil vai mesmo trazer o hexa, se a Argentina vai ter a ilustre corrida do Maradona...

domingo, 6 de junho de 2010

Os finais de semana...

Não sei como isso pode ser possível... mas a verdade é que - e sei que todos vão concordar comigo - finais de semana são diferentes dos outros dias da semana. E não é só porque de fim de semana a gente não trabalha, sempre faz algo diferente, come comidas gostosas, às vezes sai, às vezes namora... são dias que tem a claridade diferente, a aura diferente...

Pode ser que a gente sinta isso justamente porque fazemos coisas que mais gostamos... não que não gostemos de trabalhar, rs. Eu já trabalhei aos fins de semana, em diferentes funções, e mesmo estando "no toco", os dias eram diferentes... mais agradáveis de se viver...
E devo dizer que acho que quando os dias começam a se tornar iguais, sem diferenças de aura no ar, é sinal de que estamos com algum problema...


Mas eles também podem ser chatos... ou tediosos... sempre acontece! Algumas horas desses dias são simplesmente pra ficarmos deitados dormindo, sem ouvir sequer uma palavra, nem que seja em uma música...
Silêncio é ótimo, e providencial, às vezes...


Finais de semana... por que será que eles existem??? Seria mais fácil talvez que eles fossem como todos os outros 5 dias... dias de coisa normal. Já que não podemos ter a diversão, a alegria, o descanso e todas as coisas que rolam nos finais de semana, do jeito que a gente quer, talvez seja melhor que eles serem exatamente iguais às segundas, terças, quartas, quintas, sextas...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sobre indignação.

Indignação.


Eita sentimentozinho ruim de sentir, meus sais. Por esses dias, tenho feito muitas análises sobre a minha vida, sobre as cosias que aconteceram comigo desde que eu comecei a me entender por gente grande, que se sustenta, que se cuida, que provém seu próprio meio de sobreviver. E esses pensamentos andam me fazendo pensar muito nessa palavra, que chega a ser feia, pelo tamanho, pela cor (tenho certeza de que ela é vermelha, sempre), pela terminação, pela sonoridade que tem o IN no começo dela...

É um sentimento ruim pra quem sente ele, mas não acho que ele esteja no time de sentimentos ruins de fato não... Indignar-se significa (só abrindo um parêntese aqui, que não consultei nenhum dicionário, por pura preguiça de pega-lo em cima do guarda roupa, e por achar que colocar a definição dele aqui neste post seria desnecessário... já que se tratam de reflexões sem pretensões maiores do que essa mesma); indignar-se, portanto, significa não estar conformado com alguma coisa. Acho muito bom que não sejamos seres conformados com a vida, e com o que nos acontece; acho que a indignação é o começo da mudança. 

A partir do momento em que nos declaramos (muitas vezes sem usar palavras como 'eu me declaro', por exemplo) indignados, é quando começamos a pensar, de fato, no que fazer para mudar a realidade que nos deixa neste estado de estresse gigante. É ruim ficar assim; ruim porque a gente fica com vontade de enforcar qualquer um que pisa no calo, ou mesmo quem não pisa as vezes também acaba levando... dá nó na garganta, coisa ruim no estomago, tira o sono, dá vontade de chorar, faz a gente segurar o maxilar involuntariamente, como se tivesse mordendo algo pra segurar...

Mas também faz bem justamente pelo mal que faz... a gente quer parar de se sentir assim!! E também não me entendam mal achando que eu to falando de vingança ou coisa parecida, falo de justiça, de coisas que a gente pode se meter a fazer pra mudar a nossa realidade... E é querendo mudar que a gente acaba mudando... tentando pelo menos resolver as coisas... e tentando fazer seres humanos safados se assumirem e pararem de brincar, e acabar com a felicidade da gente... 

É meus queridos leitores... (agora já passado um tempo to sabendo que tenho alguns leitores já, rs, mesmo sendo só gente que eu conheço os que se identificaram, né), posso dizer que hoje sou uma pessoa indignada; indignada com a política, com a sociedade, com as oportunidades (ou melhor, a falta delas), com a falta de atenção, com a capacidade que as pessoas tem de se destruirem e levarem outras junto com elas pro buraco, indignada com gente falsa, indignada com as posições que algumas pessoas assumem na vida, indignada com a atidude de alguns seres humanos...

Sou eu quem sente as coisas, e eu sei beeeem como elas caem em mim... indignada com a falta de comunicação que faz com que a gente não se entenda e fique mal com quem a gente ama... uma pessoa indignada, de mãos e pés um tanto atados neste momento, mas ainda assim uma pessoa indignada, tentando descobrir um jeito de cortar as cordas e sair correndo daqui...


quarta-feira, 2 de junho de 2010

As coisas são mais fáceis na televisão...

As coisas são mais fáceis na televisão? Isso gera muita discussão...

Essa frase, mas em tom afirmativo, ficou durante muito tempo como nick do meu msn. recebia muuuuitas críticas sobre ela, e recebia também alguns elogios. Muuuuuuitas não pela quantidade de pessoas que falavam, mas pela quantidade de vezes que uma ou outra pessoa falava disso comigo. Me diziam que essa frase fazia com que eu parecece uma pessoa pequena, de cérebro limitado, infeliz, sonhadora, triste, boba, cretina, mediana, comum, e ao, mais um monte de coisa; as pessoas que a elogiavam diziam que concordavam com ela, e que eu tinha razão em pensar sobre isso.

A verdade é que essa frase, não sei se todo mundo sabe, eu acabei tirando de uma música do Kid Abelha, rs, mas não tirei por nada do restante da letra da música [um tanto ultraromantica-afetada - coisa que eu já não sou a muito tempo, e agradeço, e me desculpem os ultraromanticos-afetados por essa afirmação, mas a minha vida é bem melhor assim], mas sim pela minha fascinação pelo objeto televisão mesmo [e lá vem outra vírgula de assunto: minha paixão pela TV. Isso já tá até meio que superado, rs, me entendi com meu coração sobre ela... hehehe; esse sentimento chegou a se tornar aversão por algum tempo na minha vida, rs, mas agora estamos "de boa"].

Analise comigo: as coisas não são tão mais fáceis na televisão? Até as coisas pra gente que normalmente "se fode", tipo gente como eu, você, ou seus amigos, gente que você conhece, e vê todo dia... na televisão, as coisas ganham um brilho tão diferente, estranho, que fazem com que tudo se resolva de um jeito em que todos acabam bem, e aquele velho ditado, "entre mortos e feridos salvaram-se todos", acaba sendo bem empregado.

Acho que é o brilho da camera, sei lá... apesar de eu ter estudado televisão academicamente, rs, não cheguei nem perto de descobrir qial é a causa disso... não sei dizer direito o que é que faz com que eu tenha essa impressão... também acho que essa, assim como todas as outras reflexões que venho fazendo aqui acabam sendo coisas em que todo mundo pensa... isso faz de mim uma pessoa mediana? cretina? sem novidades? não sei... isso é assunto pra outras ocasiões...

Voltando às coisas e à televisão, tudo o que acontece, com pobres e ricos, tem um encanto, uma poesia intrínseca, que faz com que nós, espectadores, fiquemos sempre intrigados com alguma palavra, alguma atitude, algum detalhe de personagens - fictícios ou não - dos programas da TV. Alguns programas vão a fundo na desgraça alheia, por exemplo, e fazem isso parecer engraçadíssimo, e até as pessoas que sabem que essa exploração é ridícula, acabam rindo e se esbaldando: magia. Outros, ainda indo a fundo na desgraça alheia, fazem dos infortúnios da vida humana uma coisa tããão linda, que fazem a gente ficar feliz de ver um assistencialismo barato acontecer em rede nacional: magia. Na ficção, rs, até a vida de um favelado é bonita, cheia de brilho e beleza... não que pessoas pobres não possam ser felizes, por favor, claro que podem! Mas não como determinados personagens se portam!!! E a coisa vai mais além: até a vida das pessoas que tem a situação financeira acertada, pessoas que tem a "vida bonita", como diriam algumas pessoas, ficam ainda mais magnânimas por trás das cameras da telinha...: magia!


Sei lá se esse post ficou mais confuso do que deveria... rs, essa semana pelo jeito to mais perdida que cego em tiroteio...


Mas a conclusão que cheguei a muito tempo atrás, e que pelo jeito, sempre vou chegar, é a mesma: 
As coisas, todas elas, são mais fáceis na televisão.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sobre sonhos ou pesadelos...

Olá de novo!
Essa semana começo falando sobre algo que me aconteceu essa noite, de domingo pra segunda. Todos os leitores destes textos creio que estão bem a par do que tem me acontecido ultimamente... estive na casa de uma amiga aqui do interior ontem, e acabei dormindo por lá. 

Durante a noite, meio sofrida como todas as noites que tenho passado desde... desde... desde desde, adormeci vendo Cold Case no SBT, depois de ter visto todo o Fantástico, o restinho do programa imitação da Record, um pedaço de Heroes, da Família Dinossauro e do Café Filosófico. Nem sei que horas eram, mas no meio do meu sono acordei sobressaltada de um sonho bizarro, envolvendo São Paulo. Logo que acordei, não conseguia me lembrar o que se passou no sonho, mas estava sentindo que havia gostado daquela bizarrice. Forcei um pouco a memória e comecei a me lembrar, no silêncio noturno próprio dos bairros de cidades pequenas, do que havia acontecido... um prédio alto, algumas pessoas conhecidas e outras não, uma situação extremamente conflitante, desejo, e mais um monte de flashes de uma coisa que eu nunca vivi, mas parecia querer ter vivido. Juro que não encontrei ligação alguma dos acontecimentos da minha cabeça com a profusão de programas de TV que vi antes de dormir [sei que se "alguém" estiver lendo isso, rs, vai pensar: "- já falei mil vezes pra ela que ela ve televisão demais... ela tinha melhora isso", mas diante das circunstâncias em que me encontro, a tlevisão voltou a ser um dos melhores mecanismos do exercício do "parar de pensar" a que me dedico todos os dias, pelo menos por alguns momentos]. Fiquei uns bons minutos pensativa sobre isso, e acabei voltando a dormir, dessa vez tranquila e sem sonhar com coisas que me deixariam ofegante. 

E a pequena e atrapalhada crônica do dia teve seu tema delineado logo pela madrugada então. Por que será que a gente sonha esses tipos de sonhos bizarros??? Veja bem, não sou uma estudiosa da dimensão onírica da mente humana, nunca li nada a respeito, mas é um assunto que sempre me intriga...


As vezes, na maioria das vezes, os sonhos são contruções bizarras por natureza. São misturas que a mente faz sobre coisas em que a gente tem pensado, coisas que a gente tem feito, coisas que ainda vamos realizar, ou relacionam atitudes com medos, e medos com pessoas - muitas vezes por completa razão aleatória. Adoro quando não me lembro dos sonhos, de verdade mesmo. Ficam na dimensão do seu subconsciente apenas, e não fazem com que você acorde querendo sair correndo, sinta medo, ou as vezes até vergonha do que tava na sua cabeça... rs. Muito estranho... mas, as vezes, mesmo não querendo, quando a gente acorda, a coisa toda vem clara feito o dia, e você, por mais que não queria, fica pensando naquela baboseira toda que aprontou enquanto achava que simplesmente dormia tranquila. Seria muito mais fácil pra gente se sonhassemos apenas com coisas não bizarras???

Não sei a resposta. Não sei se todo mundo é assim, se alguém tem a capacidade de esquecer ou simplesmente não pensar nos frutos dessas misturas loucas... mas eu penso... e o silêncio da madrugada parece ser providencial pra esse tipo de reflexão - e chego sempre à conclusão de que são pesadelos... pesadelos onde não tem ninguém correndo atrás de mim com uma arma, nem to caindo de um precipício, mas ainda assim pesadelos... e também não posso dizer que tenho medo deles... só sei que, acordada, fica muito difícil entender a mensagem - se é que existe alguma - que meu eu estou querendo enviar pra mim...

Confuso, né??? Também achei. Mas afinal de contas, o que é que se torna facilmente explicável nas nossas cabeças nos dias em que vivemos???



sábado, 29 de maio de 2010

Se eu tivesse um milhão...

If I had a million dollars
I'd buy you a house
If I had a million dollars

I'd buy you furniture for your house
Maybe a nice chesterfield or an ottoman
And if I had a million dollars
Well, I'd buy you a K-Car
A nice Reliant automobile
If I had a million dollars I'd buy your love

If I had a million dollars
I'd build a tree fort in our yard
If I had million dollars
You could help, it wouldn't be that hard
If I had million dollars
Maybe we could put like a little tiny fridge in there somewhere
You know, we could just go up there and hang out
Like open the fridge and stuff
There would already be laid out foods for us
Like little pre-wrapped sausages and things

They have pre-wrapped sausages but they don't have pre-wrapped bacon
Well, can you blame 'em
Uh, yeah

If I had a million dollars
Well, I'd buy you a fur coat
But not a real fur coat that's cruel
And if I had a million dollars
Well, I'd buy you an exotic pet
Yep, like a llama or an emu
And if I had a million dollars
Well, I'd buy you John Merrick's remains
Ooh, all them crazy elephant bones
And If I had a million dollars I'd buy your love

If I had a million dollars
We wouldn't have to walk to the store
If I had a million dollars
Now, we'd take a limousine 'cause it costs more
If I had a million dollars
We wouldn't have to eat Kraft Dinner
But we would eat Kraft Dinner
Of course we would, we’d just eat more
And buy really expensive ketchups with it
That’s right, all the fanciest ke... dijon ketchups!
Mmmmmm, Mmmm-Hmmm

If I had a million dollars
Well, I'd buy you a green dress
But not a real green dress, that's cruel
And if I had a million dollars
Well, I'd buy you some art
A Picasso or a Garfunkel
If I had a million dollars
Well, I'd buy you a monkey
Haven't you always wanted a monkey

If I had a million dollars
I’d buy your love

If I had a million dollars, If I had a million dollars...
If I had a million dollars
I'd be rich

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Olha que bonitnho...

Eu realmente viciei nessa música... mas é que ela é tão simples e diz tanta coisa...!!!

http://www.youtube.com/watch?v=1hKSYgOGtos

Rir é o melhor remédio?

Não tem dias em que a gente acorda pensando em como tá a nossa vida, nas coisas que a gente fez, e no que essas atitudes acabaram dando? Tenho certeza que todo mundo tem dessas épocas... esse tipo de pensamento sempre acontece em momentos da vida da gente em que a gente tá numa sinuca - com alguma decisão muito importante pra tomar, algo muito difícil pra decidir, essas coisas... sim, porque coisa ruim a pouco é bobagem!! Tem que vir tudo de uma vez só na cabeça da gente, senão não tem graça... Nessas horas o melhor a fazer, por mais que seja difícil, dolorido, e demore, é tomar a decisão certa. ah, a decisão certa... como é ruim, às vezes, tomar a decisão certa. E o pior de tudo isso? A gente sempre sabe qual é a decisão que tem que tomar...
O que todo mundo acaba fazendo as vezes é "tapar o sol com a peneira". Tenta ficar encontrando outras formas de resolver as grandes questões que se impõem, soluções mirabolantes muitas das vezes, só pra não ter que encarar a realidade dos fatos... isso simplesmente porque, na maior parte das vezes, a realidade não é bonita
E não é bonita porque? Porque estabelecemos nossa visão de realidade cotidiana em coisas que desejamos, sonhos que temos, degraus que queremos subir... e acabamos por pintar quadros da vida, tão lindos e rebuscados às vezes que é tão triste ter que jogá-los fora, assim, de sopetão, por conta do choque que a visão da verdade nos dá!!! Aí sofremos, choramos até não conseguir mais, passamos noites inteiras acordados tentando encontrar outra saída, outras latas de tinta e outros pincéis que poderiam servir para manter por mais um espaço de tempo a verdade maquiada, até que tenhamos a certeza de que não há mesmo outra solução para as questões que nos fizeram acordar de verdadeiros sonhos - dourados, prateados, com todas as cores do arco-íris ou não.
Então chega a hora sofrida de encarar a realidade: enfrentar o problema, com toda aquela força que a gente nunca sabe da onde tira quando está numa situação limite, e mudar. Mudar de opinião, de posicionamento, de aparência, de hábitos, de decisão... enfim, mudar de vida. Aí vem todo aquele processo doloriiido...
E depois de todo o tempo que você passa se perguntando qual o sentido da sua vida, das coisas que te acontecem, o que é, afinal que a vida espera de você, depois que você se pega pensando em todas as coisas que fez, em tudo o que fizeram de volta pra você, ou nas coisas que resolveram te fazer pelo mais puro sentimento de brincadeira talvez, você muda. Muda porque a sua existência como aquela pessoa de antes do conflito que te levou ao sofrimento chegou ao limite máximo que poderia chegar. Aí as feridas vão secando... cicatrizes sempre ficam, claro, por uma razão bem simples: nos lembrar de tudo o que vivemos, junto com as nossas memórias... E depois que passa, a gente ri. Sim, a gente ri!

Rir das coisas que passaram, não com escárnio, mas com alívio e alegria de ter passado "ileso" por elas, sobrevivente, é algo que todo ser humano faz... e é tão gostosa a sensação, quando ela vem, de que toda aquela tempestade foi embora... é realmente um momento aliviante...
Só não consegui decidir ainda se rir das coisas que acontecem na vida da gente, quando for possível, claro, é realmente o melhor remédio.



quinta-feira, 27 de maio de 2010

Viver numa cidade grande...

Ah... as metrópoles. Metrópoles são encantadoras, não? Pode até ser que pra você não seja, mas pra mim... ah, pra mim são verdadeiramente demais. Aqueles prédios em cima de prédios, muita gente, de todos os tipos, cada uma vivendo a sua vida, sem parecer se importar com a vida doas outras gentes que estão caminhando do lado na rua, ou morando na casa do lado, trabalhando no andar de baixo. Todas aquelas luzes das noites da cidade, aquele barulho que nunca pára, a agitação de todos os lugares abertos e de todas as pessoas que por N motivos resolvem se por montadas, dentro de suas preferências, e por as carinhas pra fora...
Uma vez saí pra andar na Av. Paulista por volta das 18:00. Loucura? Pode ser... rs. Enfim. É um amontoado de gente tão enorme que te deixa enlouquecido. Um alvoroço pra se chegar a um ponto de ônibus, ou a uma estação de metrô. todo mundo correndo, porque tem hora marcada pra fazer alguma outra coisa em algum outro lugar. Acabei criando uma metáfora pessoal nesse dia de que as pessoas, amontoadas daquee jeito, seriam bem parecidas com formigas. Já viu aquelas muvucas de formigas, emboladas carregando coisas ou não, algumas delas simplesmente ficam parecendo baratas tontas tropeçando nas outras ocupadas em levar coisas pra dentro de suas casinhas. Um amigo rui muito dessa minha metáforazinha de fim de tarde. Mas ainda continuo acreditando nela.
Outra vez ainda, resolvi me aventurar sozinha pelo centro - já tinha ido outras vezes acompanhada, fazendo alguns roteiros turísticos ou bate-voltas de compras - mas nesse dia fui campeã: perto do natal, acordei de manhã cedo ultra empolgada e coloquei um par de tenis, uma camiseta, peguei meu cartão e o bilhete único e fui-me em direção ao centro velho de São Paulo. fiz todo o roteiro de compras daqueles que adoram adquirir bobageiras e pechinchas. Cheguei em casa no fim da tarde, cheia de sacolas e feliz da vida, pelas compras, pelo passeio, e por estar me sentindo parte daquela cidade. A conturbação daquele centro repleto de barracas, de gente gritando oferecendo seus produtos, de confusão na hora de atravessar a rua, a mistura de cheiros das comidas típicas dessas regiões, dispostas lado a lado em competição com lanchonetes fast food, os rostos das pessoas, ocupadíssimas em suas rotinas - de compras ou de vendas. Passar o dia todo andando pela São Paulo antiga me fez sentir de verdade pertencente àquilo tudo. Sempre acreditei nisso, mas digo aqui: engana-se aquele aque acha q as "selvas de pedra" não sabem acolher seres humanos. Na minha experiência pessoal digo que acolhem sim; e a maioria dos desalentos que fazem com que pessoas cheguem e partam na mesma facilidade, em 99,9% das vezes, não deve mesmo ser culpa da cidade.
Outra experiência super boa, que acabei repetindo inúmeras vezes, foi a de não fazer nada. Isso mesmo: não fazer nada. Sair de casa, caminhar um pouco, sentar em algum lugar e ali ficar, sozinha ou mesmo acompanhada - alguns amigos sempre topam esse tipo de exploração citadina comigo - e ficar apenas ali, apreciando a paisagem, o movimento das pessoas, fazendo observações sobre a vida, sobre nós mesmos e sobre os outros. Essa veia exploradora é algo que realmente gratifica.
Muitas outras coisas podem ser vividas nas cidades grandes... e muitas dessas coisas pequenas, eu fiz e faço sempre que posso. Coisas que me gratificam... e que me fazem sentir um pertencimento real e verdadeiro dentro da megalópole que não pára...


Rs, mas experimente ter fome as 03:00 da manhã de uma segunda feira e querer uma pizza...